quinta-feira, maio 04, 2006

Vivo!

Hoje amanheci como se estivesse deitado com as barbas de molho. Um líquido ácido e cheio de gosmas pré-cambrianas. Olhando pela janela que pedi a Maria para instalar, vi o azul do céu e pensei quantas vezes ainda terei essa possibilidade? E mais, pensei se gente de outra estirpe, pessoas de baixo calão como políticos e médicos e contadores e advogados, usufruem do mesmo prazer? É certo que pessoinhas como nosso presidente, em dias mornos, também amanhece de barbas ácidas (ó democracia divina que permite a tantos terem pêlos na cara!) mas, afinal, quem não padece de tal mal? Mulheres, sim, minhas queridas mulheres não (exceto aquelas barbadas de circo, vítimas de Prestobarbas demoníacos). Sim, por elas amanheci amargurado e, agora que me levanto, apesar do tempo ter nublado, meu ânimo está tilintando feito sino forjado em sangue huno. Vivo estou! Aleluia!