quinta-feira, agosto 24, 2006

O mito da impotência masculina 17

Já discuti o processo histórico e, como todos concordam, foi conclusivo. A partir daqui, abandono a dialética marxista (além de estar fora de moda é um saco aguentar as críticas dos órfãos lininistas de plantão)e passo a utilizar um método menos - digamos, - materialista histórico. No decorrer dos dias, e com os muitos contatos que me são feitos tratando da questão, etre as tantas ameaças e desfeitas, uma me chamou a atenção. Meu caro amigo Lindolfo (vamos chamá-lo assim para evitar constrangimentos) secretou-me que, ao denunciar a mentira que durante milênios nós, homens de fato e de contra-cheque assinado, acabamos caindo em uma valeta sem fundo Nunca mais vamos poder aliviar a carga em casa Lindolfo me disse entretranspirações e tiques nervosos. Minha mulher está com essa mania de mexer nos meus e-mails, agora, agora que ela sabe de tudo, além de mexer nos meus e-mails também verifica meu celular, olha meu extrato bancário e, acredite ou não, botou um detetive pra me seguir. Perguntei qual o motivo dele tolerar tamanhas invasões Eu já não estou mais a fim de encrencam você sabe que meus dias de pular a cerca acabaram e o qu eu quero é sossego já dizia o mestre Tim Maia, campeão de ser corneado até pelo próprio sobrinho Ed Motta. Pois bem, os caros leitores deverãoe star se perguntando, o que isso tem a ver. O que isso tem a ver é que me arrependo amargamente de tudo o que disse e, como expliquei nas primeiras linhas, mudo de características e assumo a cristandade da qual sou herdeiro. Essa sociedade que muito nos sacode a poeira e manda pular miúdo por causa de obrigações sociais ligaas não apenas ao sexo, mas a todos os envolvimentos de tempo e espaço. Vejamos, pois, diria Manoel, o padeiro de minha esquina: no meu último suspiro, nenhuma mulher poiderá me devolver o tempo perdido em adulações e cavalheirismos, em jantares e passeios, leituras e suspiros, todos aqueles momentos em que, corcordamos nós, homens de classe e de carteira assinada, deveriam ser gastos em funções de melhor retorno. Desculpem, a patro me chama, depois listo quais as funçoes de melhor retorno. Àqueles que me criticam, digo: s'eu lavo não cozinho/ s'eu cozinho não lavo.